Por: Leila Melo
A Korean Air está em negociação para a assinatura de um code-share com a Gol Linhas Aéreas. A previsão, segundo John E. Jackson III, vice-presidente de Marketing & Vendas para as Américas, é que esse acordo seja fechado até o final de junho deste ano. "Já operamos em code-share com a Delta Airlines e ela sendo uma das acionistas da companhia aérea brasileira, vemos esse processo de forma naturall. É a oportunidade para avançarmos em todo o Brasil e atender mais passageiros de outras localidades, além de São Paulo", explicou Jackson, em entrevista exclusiva ao MERCADO&EVENTOS nesta terça-feira (07/02) em São Paulo. De acordo com ele, apenas 20% dos passageiros da rota São Paulo-Los Angeles são provenientes de outras cidades brasileiras. "Queremos atender com mais eficiência clientes situados em destinos como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília", completou o VP.
Há quatro anos, a Korean Air opera diretamente a rota São Paulo-Los Angeles. Da cidade norte-americana, o passageiro pode se conectar com Seul (Coréia do Sul) e outros destinos asiáticos. "Temos ainda um grande potencial de crescimento no mercado brasileiro e condições para melhorar as ligações entre a América do Sul e a Costa Oeste dos Estados Unidos", destacou Jackson, que após visita a capital paulista nos dois últimos dias, seguirá para as cidades de Assunção (Paraguai) e Buenos Aires (Argentina) para ações promocionais. O executivo lembrou ainda que a Korean tem grande abrangência na Ásia. Somente em território chinês, voamos para 22 destinos", destacou Jackson. Cerca de 50% dos passageiros que saem dos voos da capital paulista ficam em Los Angeles. E em torno de 30% dos clientes por frequência tem como destino final países como China e Taiwan.
Saindo do aeroporto internacional de Guarulhos (SP) três vezes por semana, a meta da Korean é aumentar suas operações para cinco voos semanais ainda este ano. "Estamos ainda no momento de programação desse crescimento. Mas acredito que essa medida deve ser concretizada entre outubro deste ano e março de 2013", adiantou o VP. Outra alternativa em análise pela empresa é a possibilidade de aumentar a capacidade de assentos com a mudança de aeronave. No Brasil, a Korean utiliza o boeing 777-200 com 28 lugares na classe executiva e 212 na econômica. "Além de crescer a oferta de voos, podemos também trocar pelo modelo 777-300 com 36 assentos na classe executiva. Estamos avaliando todas as opções", garantiu.
Segundo John Jackson, essas medidas se justificam pela altas taxas de ocupação dos voos. "Ao longo do ano registramos índices acima de 80%. E, apesar de termos um grande fluxo de passageiros corporativos, observamos uma elevação na procura de clientes de lazer que buscam nossas frequências para alcançar rapidamente Los Angeles e de lá se conectarem para Las Vegas", comentou o VP, citando a grande presença de várias celebridades nos voos como Gisele Bundchen, Demi Moore e Silvester Stalone. Os eventos esportivos - Copa das Confederações em 2013, Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas de 2016 - também integram os planos da empresa a curto prazo. "Precisamos de mais frequências para incentivar a vinda, cada vez maior, de americanos ao Brasil. O futebol, principalmente, vem ganhando uma maior popularidade nos Estados Unidos", declarou.
Site em português - Desde o começo deste ano, o website www.koreanair.com traz uma versão em português. A partir desse portal, a companhia irá disponibilizar incentivos e promoções para o trade e público final brasileiro. "Também vamos encorajar à entrada em nosso programa de fidelidade", disse John Jackson. Ele salientou, no entanto, que os agentes de viagens continuarão a ser o principal elo para as vendas dos bilhetes da Korean no Brasil. "Posso afirmar que 99% de nossa comercialização no país é feita por agências de viagens", frisou. O executivo ressaltou ainda o serviço diferenciado da rota São Paulo-Los Angeles como o monitor individual de 15 polegadas para entretenimento - um dos maiores disponíveis no mercado - e poltronas que reclinam até 180 graus e se transformam em uma verdadeira cama.
"Os passageiros de classe executiva e primeira classe contam ainda com salas vips distintas tanto em Los Angeles como em Seul", acrescentou. Quanto à possibilidade de operar a rota brasileira em um boeing A380, Jackson confirmou não haver nenhuma sinalização para isso. "Só poderíamos fazer isso em voos diários ou com uma grande demanda de passageiros. Esse ainda não é o caso da operação brasileira", constatou. A Korean conta com seis A380 e até o final de 2014, a estimativa é somar dez aeronaves desse modelo. Em março próximo, os boeings A380 serão implantados nas rotas da Alemanha e de Hong Kong. Eles já são utilizados nos voos que ligam Nova York a Seul.
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